por Jaqueline Viana
Neste ultimo domingo, dia 03 de dezembro foi comemorado 50 anos do primeiro transplante cardíaco entre seres humanos ocorrido na África do Sul.
No Brasil, a primeira operação ocorreu seis meses depois mas o receptor sobreviveu por menos de um mês, pois na época não existiam drogas eficazes contra a rejeição e o paciente sofreu uma infecção durante o procedimento.
No Brasil, estima-se que existem mais de 250 pacientes sob a espera deste enxerto.
Um dos maiores diagnósticos para a indicação do transplante é a insuficiência cardíaca (IC) em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para suprir as necessidades de oxigênio e nutrientes do organismo. Os portadores de IC são limitados, pois, com facilidade, têm falta de ar e os tornozelos podem inchar. Para complicar mais a situação, o coração pode apresentar distúrbios do ritmo cardíaco – as arritmias.
A recusa familiar ainda tem um número expressivo que impossibilita a doação deste órgão, as estatísticas apontam 40%.
Em outubro, foi lançado um curta-metragem – Me de de presente o teu BIS (PT-BR)/ Give me Your BIS (EN) gravado com uma câmera 360 que trata de um manifesto de doação de órgãos e a equipe responsável pelo trabalho gravou a remoção de um coração de um doador falecido, onde apresentam um trecho na obra para compor o entendimento da narrativa. Os desafios deste trabalho foram inúmeros, pois alem da inexperiência de gravação deste tipo de mídia e um prazo apertado para a submissão do trabalho, a equipe não contava com equipamentos sofisticados, mas se esforçaram para produzir uma boa historia.
O filme foi inscrito para concorrer em 3 categorias no VR Days na Holanda, ele não levou o prêmio, mas se foi capaz dar um “giro” em 360 corações sensibilizando as pessoas quanto ao tema, cumpriu a sua missão e isso é o que desejamos para os próximos trabalhos de 360 e em realidade virtual – que possibilitem não somente nos entreter, mas também de nos tocar, nos transformar, nos emocionar e nos tornar mais humanos.